19 mag 2015

Falta de IDENTIDADE

                       

 
Sabemos que o  homem é fruto de um processo evolutivo, a pré-história termina 5500 anos atrás com a invenção da escritura. A historia humana que segue, no Ocidente é dividida em quatro épocas: - a idade antiga (3500 a.C. /476 d.C.) compreende a idade do bronze, a idade do ferro e a idade clássica que termina com a caída do Império Romano do Ocidente; - a idade medieval (476 d.C./1492 d.C.); -a idade moderna (1492 d.C./1789 d.C.) começou com a descoberta da América e terminou com a Revolução francesa; - a idade contemporânea (1798/tempo presente). O conceito de identidade nacional nasceu quando as pessoas deram preferencia a colaborar, falar e construir vínculos dentro do próprio grupo. A globalização, termologia surgida com os economistas, é um processo de interdependência econômica, social, cultural, politica e tecnológica. Os efeitos, negativos ou positivos que sejam, terão repercussão planetária, uniformando o comercio, as culturas, os costumes, as ideias. Tendo uma visão utopista poderia parecer uma boa coisa, porém como diziam os antigos "Homo homini lúpus" (O homem é lobo para o homem- Plauto), quando os homens enlaçam amizades ou sociedades, regulamentam as relações com leis por medo reciproco. No estado natural, quando não existem leis (ou religiões) cada individuo é movido pelo instinto, o que faz?
Danifica os outros, ou simplesmente procura eliminar quem é de obstáculo ao seus desejos. O filosofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), afirmava que a natureza humana é egoística, a determinar as ações do homem é o instinto de sobrevivência, a violência, o abuso. O pessimismo de Schopenhauer, e de pensadores anteriores e posteriores, nasce desta constatação, e nem a passagem de Jesus deu um jeito. Algumas nações jovens, sobretudo de cultura anglófila, colocaram ao centro da própria constituição o poder econômico, as relações ao interno da sociedade é fundada no dinheiro, para obter o bem-estar, vale tudo. E' interessante notar que o bem-estar na visão da multidão, é generalizada por propagandas sempre mais sofisticadas, criando um povo de ovelhas domesticadas. Em muitos filmes assistimos representações de casas grandes, confortáveis, de pessoas que tomam café da manha em pé na frente de uma geladeira, bebendo diretamente de uma garrafa. Muitas vezes batem no liquidificador coisas pouco identificadas,  que surtem um que de alieno.  O tempo é corrido e as relações pessoais passam ao ultimo lugar, mas não tem problema é só marcar um horário com o psicólogo. Chegamos a uma conclusão, é isto que desejamos para o Brasil? Até os anos 70,  as famílias eram grandes,  na maravilhosa diversidade do pais, cada qual tinha uma própria identidade e a conservava sagradamente. Era possível pular de uma em uma para conhecer as diferenças, eram solidas e fundamento para uma educação que incluía. O que temos hoje? Somos a bruta copia do nada. Querendo ser "modernos", jogamos fora a água da bacia com a criança (nos). A falta generalizada de identidade e cultura na sociedade, produz uma classe politica da pior espécie, pronta a vender o pais (se já não foi vendido), e como na corrente da vida, cada anel que pula é um menos na educação, na saúde, na segurança, no "bem-estar". O que fazer? Precisamos recuperar os nossos rastos, não aceitar as copias falsificadas, bem melhor uma coisa simples que ser tomados pelo nariz  com uma reprodução de péssima qualidade. Muitos sorriem, lendo sobre os índios que vendiam qualquer coisa em troca de um espelho, pois é o que fazemos, cancelando as nossas origens e modificando os hábitos, perseguindo modelos televisivos e sendo transportados pela onda propagandeada como moderna. O caminho para mudar os hábitos é lento, a rapidez é possível somente com a domesticação.