3 giu 2015

Que horas ela volta?- E' arrivata mia figlia!



Por alguns instantes pensei na mais famosa Cinderela, quando acabei de ler um artigo ontem no mais importante jornal italiano "O Corriere della Sera", sobre o filme "Que horas ela volta?" com Regina Casé. O jornalista conta que a atriz foi premiada pela parte de Val, no Festival de Sundance, e que o filme será apresentado agora nos cinemas italiano. Já a tradução modifica o titulo que de pergunta passa a exclamativo, afirmando a chegada da filha, ao invés do pedido de conhecer as horas de volta. O artigo coloca em letras grandes, abaixo de uma foto de Jessica, esta frase: - se uma jovem rebelde na piscina, quebra os velhos equilíbrios sociais. Daqui a analise de um duplo retrato do Brasil, aonde as novas gerações (os filhos dos pobres) pedem os mesmos direitos dos mais ricos, da contraposição entre uma nação arcaica e uma moderna. Vamos dizer que o filme é o mexido pobre, do mais famoso "Sabrina". Em 1954, a atriz que encarou a parte da filha do motorista,
de uma família rica americana, que volta dos estudos na França, transformada em uma moça de alta classe, foi Audrey Hepburn. Para quem lembra, nos anos '90, teve um remake  com Julia Ormond e Harrison Ford. O critico italiano conta a historia da Val, domestica que é também  mãe "putativa" do Fabinho, filho de um rico casal paulista, que foi obrigada pela miséria a trabalhar longe, para manter a filha. A chegada da moça para acabar os estudos cria uma convivência difícil, sobretudo porque ela não respeita as regras classistas: o patrão quer dar em cima, consegue a antipatia da patroa por isto, e além de tudo ela não é mansa como a mãe, etc. Tudo bem, achamos excelente quando se fala  do Brasil fora do protótipo, quando não tem nada a ver com mulheres nuas e fáceis, futebol, ou assassinatos, porém poderíamos fazer melhor? Sim, sem duvida, mas falta cultura e coragem  para mostrar uma nação que é meio continente, com uma humanidade dentro os problemas cotidiano que é ainda invejável. BASTA BRASIL, acorda. Vivemos de complexos, estado de inferioridade, os jovens precisam  bater os olhos fora, sem medo. Se falta possibilidade econômica, os meios de comunicação oferecem oportunidade a todos para sair de casa, ficando sentados. Assim aconteceram as "primaveras árabes": vendo através internet o mundo de fora os jovens provaram se rebelar, tudo bem foi um falimento, mas eles guardam na memoria uma realidade diferente, e esperam tempos melhores.  E cade os nossos jovens?